As pernas do Covid-19 e as lições da Itália   315f4h

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OPINIÃO - Mario Girasole r4i3u

Data 29/03/2020
Horário 04:16

O novo coronavírus não tem pernas; somos nós as pernas do vírus. A relação parece intuitiva, mas as consequências para evitar drasticamente o contágio das pessoas e tratar os doentes exigem aprendizado rápido, aplicação assertiva dessas lições e disciplina de todos em seguir as orientações das autoridades de Saúde.

Meu país, a Itália, está aprendendo a lidar com a doença, pagando ainda um preço altíssimo de centenas de mortes por dia e um sistema de saúde à beira do colapso. Cerca de 10% dos afetados são médicos e enfermeiros, um tributo enorme dessas categorias. O que de mais valioso podemos dividir com o mundo segue a comunidade científica: o máximo isolamento é o maior instrumento de combate ao vírus.

A pandemia expõe a fragilidade sanitária do mundo globalizado. Mas a doença, além de viajar no espaço, viaja também no tempo. Estarmos, no Brasil, a algumas semanas do que ocorre hoje na Itália. E isso é uma oportunidade de aprendizado para limitar o potencial impacto em milhões de vidas. Podemos mudar o futuro!

A comunicação pública não pode ultraar o equilíbrio entre informação, conscientização e pânico.

O combate à doença exige diálogo e coordenação entre ações do governo e de poderes locais. A Itália não é um país federal e, mesmo assim, num primeiro momento, a desarticulação entre regiões e estado central criou desorientação da população. O Brasil tem que tomar ainda mais cuidado nesse sentido.

No Brasil, medidas importantes, como restrições a comércio, escolas, transportes e entretenimento, estão sendo definidas em um estágio muito anterior ao que aconteceu na Itália, o que é crucial para o controle futuro do contágio. Porém, as medidas serão eficazes somente com a disciplina da população em limitar movimentos e deslocamentos.

Nessa crise, as tecnologias e as telecomunicações são e fundamental para a manutenção das relações profissionais, de estudo e de trabalho. Na Itália e no Brasil, as operadoras se movimentaram para garantir a estabilidade da conectividade, a difusão eficaz das informações, a produtividade do trabalho remoto e a continuidade profícua dos estudos.

A certeza que temos é que essa crise ará e deixará legados importantes nas relações pessoais, de trabalho e de estudo. Além da vacina do Covid-19, teremos novos anticorpos de consciência coletiva do impacto das nossas ações individuais e para o uso racional de recursos escassos, a começar pelo do nosso tempo. Os meios digitais são os aliados fundamentais dessa evolução.

 

 

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